1. |
A Espera
03:00
|
|
||
(Vivendo do Ócio)
Só uma dor, você que não chega e eu sentado aqui
Cercado de vidas que esperam por mim
O sol que racha o chão
Os ossos gritam por si
A dor que varre o Sertão
O cão que late a pedir
Só uma dor, você que não chega e eu sentado aqui
Cercado de vidas que esperam por mim
Sem forças pra caminhar
O povo a resistir
O gado a se curvar
A flor que te faz sorrir
Fogo, saindo das pedras,
Na terra sem leis
O herói é o povo na sombra da morte plantando a fé
Esquecido por todos aqui o herói é o povo!
Só uma dor, você que não chega e eu sentado aqui
Cercado de vidas
Só uma dor, você que não chega e eu sentado aqui
Cercado de vidas que esperam por ti
|
||||
2. |
Prisioneiro do Futuro
04:20
|
|
||
(Vivendo do Ócio / Thadeu Meneghini)
Meu passado me condena, sou prisioneiro do futuro
Na prisão do amanhã, eu sei que eu mudei, eu não segui a lei,
Eu me perdi nas linhas da ignorância
Eu me perdi nas linhas
Galho seco quebra quando vento passa
E os que ficam lá são flexíveis
Não deu pra carregar, eu me deixei levar
Vivia correndo numa corda bamba
Numa corda bamba
Meu silêncio faz de cada erro
O que agora eu reconheço
E a cada passo a frente eu vejo
Que eu tive que pagar o preço
De ser mais um prisioneiro
Eu tive que pagar o preço
De ser mais um prisioneiro
Eu tive que pagar o preço
Gato preto nunca foi de me atrasar
Tive que ir a fundo
Como uma pedra em alto mar
Joguei e me amarrei, só sei que afundei
Eu me perdi nas águas, com minhas lembranças
Eu me perdi nas águas
Meu silêncio faz de cada erro
O que agora eu reconheço
E a cada passo a frente eu vejo
Que eu tive que pagar o preço
De ser mais um prisioneiro
Eu tive que pagar o preço
De ser mais um prisioneiro
Eu tive que pagar o preço
|
||||
3. |
Prisma
03:56
|
|
||
(Vivendo do Ócio / Lirinha)
Eu sou um objeto paralisado
Às vezes vem alguém e toca no meu corpo
Me acha frio, me acha escroto
Não faço tanto e nem tão pouco
Pareço um prisma, sou quase oco
Em cada ponta um brilho fosco
Como a visão de um louco
Eu sou um objeto empoeirado
Às vezes vem alguém e passa um pano em mim
Eu sou reflexo enviesado
Alguns me acham abençoado
Em cada sombra um condenado
Eu não sou santo e nem diabo
Mas sempre estarei do lado do teu incenso, do teu cigarro
De um jeito ou de outro, você vai me ver
Já que eu não posso sair daqui
Talvez eu possa cair
Se alguém me acotovelar e a minha base se deslocar
Aí eu vou mergulhar… E no teu chão me fundir
Aí eu vou mergulhar… Esse será o meu fim
Andava, como num deserto, escutando uma única voz
Estava com fome, estava com sede
Você me olha, faz pouco caso de mim
E só confia no seu olho
E sempre estarei do lado do teu incenso, do teu cigarro
De um jeito ou de outro, você vai me ver
|
||||
4. |
A Lista
03:18
|
|
||
(Vivendo do Ócio)
Eu vejo clarear
Canto a canto pelo ar
Tô meio congestionado
Os olhos embaçados
Amplio minha visão
Lentes que impedem de refletir
Nem sei que dia é hoje
O que é que falta em mim?
Um mais um seriam dois?
Sempre foi assim?
Não finja que não entende
Não desacredite, é pior
Posso garantir, não vai repetir
Você pode aprender sem errar
Você leva a sério
Eu vejo tudo tão rápido
Talvez eu esteja rápido demais
Desligo o celular
Metrô, computador
Tem um tempo para o amor
É justamente ai que me permito desligar
Três dias pra voltar
A barba por fazer
Amigos pra falar
Tem roupa pra lavar
E eu tenho que escrever
Pra eu não me esquecer
Posso garantir, não vai repetir
Você pode aprender sem errar
Você leva a sério
Eu vejo tudo tão rápido
Talvez eu esteja rápido demais
Você leva a sério
Eu me desvio tão fácil
Meu erro é sempre esperar um pouco mais
|
||||
5. |
Beira do Mar
03:12
|
|
||
(Vivendo do Ócio / Thiago Guerra)
Na beira do mar
Na beira do mar ê ô
Na beira do mar
Na beira do mar ê ô...
Tem gente que joga bola
Tem gente de pés descalços
Tem gente cavando areia
Tentando fugir do asfalto
Na beira do mar
Na beira do mar ê ô
Na beira do mar
Na beira do mar ê ô...
E a família chegou cedo
Depois de um buzú lotado
Tem gente comprando praia
Pra não ter ninguém do lado
Caminhando contra o vento
Aqui todo mundo tem
O seu lugar
O brilho da linha entrelaçada
Que mergulha, mergulha
E abraça a vida
E mata a fome
Que mata e mata!
E a família chegou cedo
Depois de um buzú lotado
Tem gente comprando praia
Pra não ter ninguém do lado
Caminhando contra o vento
Aqui todo mundo tem
O seu lugar
Na beira do mar
Na beira do mar ê ô
Na beira do mar
Na beira do mar ê ô...
|
||||
6. |
Carranca
03:37
|
|
||
(Adalberto Rabelo / Thadeu Meneghini)
Meu barquinho vai subir o São Francisco
Como quem sobe os degraus de uma igreja
Não vou entregar minha cabeça em uma bandeja
Quero morrer na peleja
Descubra o que você ama e deixe que isso te mate
Tudo vai te matar, essa que é a verdade
Descubra o que você ama e se entregue sem temor
Tudo vai te matar, melhor morrer de amor
A gente tem que viver
Sorrindo quando é pra chorar
Pra fazer a morte tremer
De medo de vir nos buscar
|
||||
7. |
Selva Mundo
00:20
|
|
||
(Davide Almeida Bori / Diego Reis Santos / Jailton Batista Cardoso / Luca Almeida Bori)
SELVA MUNDO
|
||||
8. |
Porrada
03:16
|
|
||
(Fernando Ferro / Igor Bruno / Luccas Maia)
Meninos passando fome nas esquinas da cidade
Garota vendendo corpo pra comprar felicidade
Político roubando sonho, revelando falsidade
Agressão e violência
No trânsito: maldade
Financistas assaltando o futuro do país
Corrupção, contramão e a propina do juiz
O pastor pregador, que não faz o que diz
O padre depravado seduzindo o aprendiz
E Lampião é o mal, e o cangaço é o mal
Lárirá, ieô…
Polícia safado, corrompido e malfeitor
Na América do Norte quem mata é doutor
E o terror que destrói, que sente prazer na dor
Faço aqui essa rima para acordar o senhor
Ôôô...
|
||||
9. |
Não Te Digo Nada
03:42
|
|
||
(Vivendo do Ócio / Martin Mendonça)
Cuidado pra não confiar demais em alguém
Quanto maior a altura, maior a decepção
Quando se coloca o coração em alguém
E tudo se vai, e passa como uma noite de cachaça
Eu não te digo nada
Eu não te digo nada
Eu não te digo é nada
Destrói uma realidade que eu queria
Ainda com tanta ironia, palavras sem valor
Eu não sumi, eu sempre estive aqui
Você me fez até um favor
Sua ignorância te queimou
Eu não te digo nada
Eu não te digo nada
Eu não te digo é nada
Vou proteger os meus da sua amizade falsa
Todos vão saber, todos vão saber!
Um verdadeiro homem não atira pelas costas de ninguém
Nem na vingança mais fria, com sangue quente, ou por amor
Eu não sumi, eu sempre estive aqui, eu sempre dei valor
Sua ignorância te queimou
Eu não te digo nada
Eu não te digo nada
Eu não te digo é nada
Nada!
Vou proteger os meus da sua amizade falsa
Todos vão saber, todos vão saber!
|
||||
10. |
Amor em Construção
03:43
|
|
||
(Vivendo do Ócio/ Pepeu Gomes / Fábio Trummer / Tiago Mago)
O que esperar da vida? Só o agora
Ao redor da minha ilha um mar de euforia que conforta
Mergulhado na natureza desconhecida do som
Na dança em câmera lenta das flores
A seiva embriagante, o cheiro das cores
Raio de Sol entre as folhas, vértice de luz cintilante
Uma sombra em construção
E que todos possam ouvi-los
Os sete sentidos aflorar
Todos os dons, todas as formas, todas as almas, todos animais
Tudo isso para chamar sua atenção
Plantações inteiras de universos
Na dança em câmera lenta das flores
A seiva embriagante, o cheiro das cores
Raio de Sol entre as folhas, vértice de luz cintilante
Um amor em construção
Eletrizar...
Uma sombra em contrução
Um amor em construção
Plantações inteiras de universos
|
||||
11. |
Salva!
02:22
|
|
||
(Vivendo do Ócio)
Salva, salve Salvador
Salve, selva, salve, Salvador
Terra de todos nós, de todos amores, de todos sabores
Terra de quem, terra de ninguém, terra de quem?
Salva, salve Salvador
Salve, selva, salve, Salvador
Terra de todos os santos, de todos encantos, por todos os cantos
Terra de quem, terra de ninguém, terra de quem?
Salva, salve Salvador
Salve, selva, salve, Salvador
Vejo o tempo passar e por aqui nada muda
Sorriso no rosto carregando o povo, raiz do Brasil
Salva, salve!
Selva, salve!
|
||||
12. |
Batalha do Sono
04:13
|
|
||
(Vivendo do Ócio)
Às vezes eu custo a dormir, então eu penso:
Melhor escrever algo, talvez uma letra, um texto
Não faz sentido deixar o pensamento fugir com o tempo, fugir com o tempo
Não faz sentido deixar o pensamento fugir com o tempo, fugir com o tempo
Se eu tenho espaço que cabe de sobra dentro de uma nota
Uma nota que soa como uma canção roubada de um sonho que ainda não veio
Este pensamento invertido de tão confuso, às vezes cansativo
Será que agora o sono finalmente vence o pensativo?
Sono, não me abandonaste novamente, se há um sonho inteiro a viver, não me deixe
Acordado nessa vida que cobra nascer, crescer, ter peito de aço e reviver
Acordado nessa vida que cobra nascer, crescer, ter peito de aço e reviver
A calada da noite nos faz pensar mais e falar menos, talvez seja por isso que você me deixou de parte, só assim conseguimos ter um pensálogo veneno.
Dormir, sonhar, pensando acordado, sonhando em dormir, pensando estar ao seu lado
|
Vivendo do Ócio Salvador, Brazil
Depois de três anos desde “O Pensamento é um imã”, a Vivendo do Ócio, que agora é uma banda 100% independente, acaba de lançar "Selva Mundo". Com produção de Fernando Sanchez e Curumin, o novo disco reúne toda a experiência e influências musicais que a banda acumulou ao longo de quase nove anos de carreira. ... more
Streaming and Download help
If you like Vivendo do Ócio, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp